sábado, 21 de dezembro de 2013

Conheça a origem do Natal e saiba como seus símbolos evoluíram

A DATA
É 24 de dezembro. A mesa está posta, com abundância de comida. A noite é de festa e de troca de presentes. Mas o homenageado não é Jesus. A celebração é pelo solstício de inverno — a partir daquele dia, as noites seriam cada vez mais curtas e os dias, mais duradouros. Breve, chegaria o verão novamente e os dias frios de escassez, tidos como obra de bruxas e espíritos ruins, ficariam para trás. Qualquer semelhança da Festa do Sol Invicto com o Natal religioso não é mera coincidência.
As celebrações em torno do Sol eram praticadas já muito antes que o cristianismo fosse a religião dominante. Até então, as festas mais importantes dos cristãos se davam em torno do martírio e da morte de Jesus. Mesmo os calendários de judeus e pagãos não coincidiam. Os cristãos guiavam-se pela lua - por isso a Páscoa é, por definição, no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio vernal - e os pagãos, pelo Sol, com dias fixos, como se usa atualmente. O cristianismo crescia em Roma um tanto à parte dessa coisa toda. Até que, no século 3, percebeu a importância das festas dos solstícios — de inverno e de verão - para os romanos e o quão difícil seria proibi-las à revelia.
A Festa do Sol Invicto continuaria, exceto que o homenageado seria outro: a Igreja decidiu que Jesus teria nascido no dia 25 de dezembro — embora não exista nenhum registro sobre isso — e, daí por diante, a festança toda seria ao aniversariante. "O que os cristãos fizeram, na verdade, foi dizer para os pagãos: 'Olha, essa festa aí que vocês comemoram não tem nada de Sol. É pelo nascimento de Jesus'. E assim nasceu o Natal", resume o historiador Pedro Funari, da Unicamp. "E daí associaram o Sol à luz, por sua vez associado a Jesus", continua o especialista. O outro solstício, o de verão, virou o que hoje é nossa festa junina, que aqui, na verdade, é no inverno. As fogueiras, aliás, eram originalmente uma celebração ao clima quente de verão. "Foi uma decisão esperta. Os dois solstícios, um em cada metade do ano, viraram grandes festas religiosas", analisa Funari.
 PAPAI NOELO século é 4 depois de Cristo e a cidade é Myra, onde hoje fica a Turquia. Vem daí, e não da Lapônia, a história contada pela Igreja para justificar a existência do velhinho gorducho que distribui presentes às crianças comportadas. O benfeitor era Nicolau de Myra, bispo da cidade na época. Diz a lenda que ele, um homem bastante afortunado, ajudava aos pobres jogando saquinhos de moedas de ouro pelas chaminés das casas nas noites de dezembro. A história mais conhecida é das três irmãs que teriam sido salvas da prostituição graças a Nicolau - espertas, elas usaram o presente como dote para um bom casamento e se livraram da triste sina. Talvez você conheça Nicolau de Myra por um nome um pouco mais popular: São Nicolau, que em países como a Rússia, por exemplo, têm importância equivalente a que Nossa Senhora Aparecida tem por aqui, inclusive o papel de padroeiro das crianças. Hoje, a cidade onde está a tumba de Nicolau tem um mercado turístico agitado e recebe milhares de fiéis, especialmente russos, em visita ao santo.
Séculos depois, quando a Reforma Protestante atacou o culto aos santos, São Nicolau foi praticamente banido de grande parte dos países europeus. Na Holanda, no entanto, onde ele era chamado de Sinterklass, o culto permaneceu vivo e foi, em seguida, levado à colônia de Nova Amsterdã, nos Estados Unidos, onde hoje é Nova York. Depois, quando os ingleses retomaram o poder, Sinterklass já havia caído na cultura do povo. "Eles cozinhavam biscoitos em formato de bispo e diziam às crianças que ele traria presentes na noite de 5 de dezembro, quando se comemorava seu dia", conta o historiador da Universidade de Manitoba, na Inglaterra, e autor de Santa Claus: A Biography (sem tradução para o português), Gerry Bowler.
oi no início do século 19, no entanto, que ele ganhou a forma que conhecemos hoje. Um grupo de artistas, poetas e escritores de Nova York mudou a aparência de São Nicolau como parte de um movimento que queria dar uma nova identidade às festividades natalinas, até então bastante ruidosas, geralmente com muita gente nas ruas e álcool à vontade. Eles então o vestiram de vermelho e batizaram de Santa Claus, acrescentaram alguns quilos a mais. Substituíram a sisudez religiosa por um simpático sorriso. Por fim, definiram que, a partir de então, ele viria na véspera de Natal, e não mais em 5 de dezembro, o dia de São Nicolau, quando as crianças ganhavam presentes.
Curiosidades# Rovaniemi, na Lapônia (Finlândia), recebe cerca de 600 mil cartas por ano endereçadas ao bom velhinho.
# O endereço do Papai Noel é: Santa Claus, Santa Claus Village, FIN-96930 _ Article Circle, Finland.
# Mas ele é um senhor moderno e tem e-mail também:northpole@officialsantamail.com..
# 85% das crianças de 4 anos acreditam que ele exista. Entre as de 8, apenas 25%.
# Ele teria que descer por 2,5 bilhões de chaminés se quisesse presentear todas as famílias.
# Os norte-americanos gastam, em média, US$ 900 (cerca de R$ 1.602) em presentes no Natal.

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